Se você busca uma alimentação equilibrada, com certeza já ouviu falar do chá de hibisco. A origem é africana e asiática, sendo que a flor de hibisco utilizada para o preparo do chá possui o nome científico de Hibiscus Sabdariffa. O cálice da flor de Hibisco, quando transformada em chá, tem grandes propriedades antioxidantes, que auxiliam na diminuição da retenção de líquidos e no emagrecimento. Isso porque atua contra o acúmulo de gordura no corpo, é o que diz uma pesquisa publicada no Journal of Ethnopharmacology da Sociedade Internacional de Etnofarmacologia. Segundo o estudo, o chá age em favor da redução da adipogênese, um processo do corpo relacionado ao acumulo de gordura. De tal forma, contribui para que se acumule menos gordura, principalmente nas regiões do abdômen e do quadril.
Além destas propriedades relacionamentos ao embelezamento, o chá de hibisco possui muitos nutrientes, como cálcio, magnésio, potássio e fósforo. Também é rico em vitamina B2, que contribui para a pele, ossos e cabelo, e B1, que em conjunto, trabalham para ajudar o corpo a captar energia nas células, melhorando, principalmente, o metabolismo do oxigênio e da glicose.
Por ter tantas características positivas, muitas pessoas têm consumido o chá de hibisco diariamente. Sem, no entanto, tomar cuidado com os malefícios da planta. O perigo é ainda maior para pessoas com problema de pressão e mulheres em idade fértil.
E, quando consumida em grandes quantidades, a bebida pode não ser totalmente eliminada pelo fígado, levando o organismo a uma intoxicação.
Não existe consenso sobre qual a quantidade correta a se ingerir. Alguns especialistas consideram razoável a quantidade de 200ml por dia, enquanto outros aconselham tomar até 3 xícaras do chá diariamente. No entanto, existe consenso ao declararem que, cada pessoa deve ter seu consumo individualizado, levando em consideração o histórico de saúde que possui.
Existe mesmo risco para a fertilidade?
Não ache que é mito. Existe sim um risco para mulheres em idade fértil. Alguns estudos comprovam que o hibisco tem propriedades que alteram níveis de estrogênio nas mulheres, sendo que sua ação pode até ser considerada como um anticoncepcional.Mulheres que têm problemas constantes com a TPM ou que, então, sofram com outros problemas no sistema endócrino, podem ter uma piora no quadro e até mesmo uma maior dificuldade para engravidar, já que o chá pode interferir no processo da ovulação. É por isso, também, que o chá não é indicado para mulheres grávidas.
A orientação é moderar o consumo do chá a apenas 200ml por dia com uma colher de chá da flor seca, ou de dois a três sachês prontos. Mesmo com esse cuidado, tanto as mulheres, quanto os homens, podem sofrer alterações hormonais no organismo, trazendo complicações perceptíveis.
Já para as mulheres grávidas ou lactantes a atenção é redobrada. Alguns estudos apontaram que o chá pode interferir na estrutura dos genes do bebê.
Além dos problemas já comentados, o chá de hibisco pode trazer males para quem sofre com a pressão alta e também para quem tem pressão baixa. Isso acontece porque a flor possui uma ação diurética muita alta, facilitando a eliminação de eletrólitos que são responsáveis pela alteração da pressão, como magnésio, cálcio, potássio e sódio.
O chá de hibisco também possui alguns problemas quando interage com medicamentos. Pessoas que fazem uso do paracetamol devem ter cuidado extra, já que a bebida faz com que a substância seja eliminada mais rapidamente pelo organismo.
Outros problemas estão relacionados com a desidratação, por conta do alto fator diurético e para os diabéticos, já que o chá diminui mais do que necessário o nível de açúcar no sangue, ocasionando a hipoglicemia. Estudos também apontam que a bebida dificulta o foco e a concentração.
Ou seja, procure sempre um nutricionista para te indicar a melhor forma de consumo e leve em consideração o seu histórico de saúde. A segurança deve estar em primeiro lugar!
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